Tumores no Trato Urinário Superior
Tumores de pelve renal e ureter: também conhecidos como câncer das vias excretoras, são relativamente raros. 75% deles acometem a pelve ou os cálices renais e apenas 25% são ureterais. São mais frequentes nos homens, mas as mulheres também podem ser acometidas pela doença.
Um dos principais fatores desencadeantes da doença é o fumo, sendo que o risco será maior conforme o número de anos que o indivíduo fumar.
Um dos mais frequentes sintomas de tumores no sistema urinário é a hematúria (presença de sangue na urina). Contudo, este é um sintoma inespecífico e pode ocorrer em diversas outras doenças, benignas ou malignas. Mas quando há presença desse sintoma (sangue na urina), um urologista deve ser consultado.
Tumor de rim: o câncer de rim representa 2-3% das neoplasias malignas do adulto. No Brasil, estima-se uma incidência de aproximadamente 4.200 casos novos/ano, na faixa etária de 50 a 70 anos de idade, sendo duas vezes mais frequente nos homens que nas mulheres.
A maioria dos tumores renais é diagnosticada em fase inicial, quando ainda estão confinados ao rim, geralmente por um exame de ultrassom feito rotineiramente, o que aumenta as possibilidades de cura. Cerca de 20% são localmente avançados (acomete linfonodos – gânglios regionais próximos ao rim) e 25% apresentam metástases para outros órgãos, principalmente para os pulmões, fígado e ossos.
A maioria dos pacientes não apresenta sintomas ao diagnóstico. Hematúria (presença de sangue na urina) é o achado mais comum.
A cirurgia é a o tratamento de escolha para o câncer de rim. O planejamento do tratamento depende das condições clinicas do paciente, do tamanho da lesão, da extensão da doença (estadiamento), do tipo histológico e de alguns critérios prognósticos. Dentre as opções de tratamento para a doença restrita ao rim, temos a nefrectomia parcial (aberta ou robótica), a nefrectomia total (aberta ou robótica), ou ainda terapias ablativas focais em algumas situações.
Nos pacientes que apresentam a doença em estágio avançado, o tratamento sistêmico constitui a melhor abordagem. Dentre o armamentário terapêutico estão, por exemplo, as drogas inibidoras da tirosina quinase, as drogas que atuam na inibição da angiogênese, inibidores da mTOR e interleucina. A melhor opção deve ser avaliada e discutida com o médico específico.